Auto-estima. Criando uma identidade.



A auto-estima é o alicerce principal onde construímos nossas vidas. Auto-estima e auto-confiança são basicamente a percepção de valores.

Quando nos sentimos confiantes, nós valorizamos nossas características, nossas conquistas. Nós percebemos tudo que somos e fazemos como de grande valor.    

Porém , auto-estima e confiança não é algo palpável. O valor que damos as coisas é completamente subjetivo e portanto é apenas um estado mental que desenvolvemos para nós mesmos. 

Isso significa que podemos treinar a auto-estima como se fosse um músculo.  Se você prestar atenção em volta, você vai ver que existem duas vias para alcançar a auto-confiança:

  • externamente  - fácil, curta duração, "resolve" o problema rápido; ou
  • internamente - díficil, permanente e leva tempo para ver os resultados.


Baseando-se em fatores externos - o QUE nós somos

Muitas pessoas baseiam seus valores centrais em fatores externos como riqueza, aparência, popularidade, religião, trabalho, família, etc. 

Eles se identificam com esses fatores, Eles se percebem através desses fatores. 

Só que esses fatores frequentemente não estão sob nosso controle e podem mudar de uma região para outra, de uma época na história para outra. São fatores flutuantes.  

Normalmente, quando nós peguntamos quem é a tal pessoa, instantaneamente a resposta vai ser : médico, advogado, garçonete, porteiro, modelo, ou qualquer coisa do tipo. Entretanto isso não diz QUEM a pessoa é mas o QUE a pessoa é. 

É fácil confundir esses dois aspectos quando a pessoa se identifica com atributos externos.    

A sociedade (em particular, a mídia) nos empurra goela abaixo todos os dias que esses fatores externos são determinantes para o sucesso. E que sem eles nós não temos a permissão de nos sentirmos valorizados.  Então, você tem que ter um carro legal, um trabalho estável, filhos, dinheiro, boa aparência,  ser popular. Você pode continuar a lista se se sentir inspirado. 

Foi criado um ideal que devemos alcançar antes de permitir à nós mesmos a valorização de quem somos.

Por que isso não é legal?

Quando uma modelo lindíssima envelhece, quando um banqueiro enfrenta a recessão, quando o cara mais popular da escola perde os amigos, a auto-estima despenca e eles experimentam a falta de confiança. Eles perderam aquilo que os conectava com o mundo. Ou seja perderam suas raízes.  

Algumas pessoas, se suicidam, outras fazem cirurgia plástica, se envolvem com drogas ou em esquemas ilegais que fazem dinheiro rápido.  

Isso acontece porque , nesta condição, a auto-estima da pessoa se baseia na comparação que ela faz com as outras pessoas para se sentir valorizada. A pessoa mede seu valor comparando-se com a aparência, status, conquistas, trabalho e riqueza dos outros.


Se comparar com os outros, é normal e até natural dede que não fique obcecado nem desanimado. Quando vemos numa outra pessoa algo que não temos, isso deve ser motivo de inspiração que nos motivará a alcançar o mesmo se assim o desejarmos.

Basear a sua identidade e auto-estima em coisas que não está no seu controle é como construir uma casa sem fundação. Pode até funcionar bem por bastante tempo mas uma hora vai desabar. 


Baseando-se em fatores internos - QUEM nós somos.


Valores centrais baseados em fatores internos é a via pela qual deveríamos construir nossas vidas. Isto é, construí-la sobre uma base de valores estáveis e duráveis

O mais importante é definir para você mesmo a imagem psicológica do que é ser HUMANO. Essa definição deve estar baseada em fatores que tem como controlar.

Se afaste de você mesmo por um minuto e visualize como seria o "você ideal".  Como ele trataria ele mesmo? Como ele trataria os outros e como ele deixaria os outros tratarem ele?

Alguma dificuldade em fazer isso?

Tenta outro método: Visualiza você no seu funeral. O que seus amigos lembrariam sobre você?   Seus pais?  Seus colegas de trabalho?  Seus filhos?

Dessa imagem, destaque os cinco valores mais importantes que essa imagem ideal representa.

Os valores que eu peguei para mim são:
  • Integridade
  • Justiça 
  • Harmonia
  • Confiança
  • Unidade
Dá ver que o foco está em ações e valores que estão sob o meu controle?

Eu posso escolher viver de acordo com os meus princípios. Eu posso escolher ser justa nos meus relacionamentos, observando onde eu erro. Eu posso escolher por criar uma ambiente de harmonia, tratando as pessoas com respeito e carinho. Eu posso escolher inspirar confiança numa pessoa, mostrando como eu considero e trato uma terceira. Eu posso escolher por unir as pessoas me colocando no lugar das que estão sendo criticadas e mostrando para os demais que nenhum de nós somos perfeitos.

Porém, não é sempre que eu posso escolher ser rica, ser bonita, popular, ter uma bunda grande, ou me manter em perfeita forma enquanto envelheço.

Dá para ver a diferença?

Colocar essa imagem ideal e os valores que a representam num papel, cria um processo neural necessário para arquivar essa imagem na sua mente.

Reler essa lista de valores diariamente, viver de acordo com a imagem psicológica que você criou para você mesmo e visualizar você já sendo essa pessoa são algumas estratégias que podem ser usadas para manter ou criar uma identidade e se manter fiel a ela.

"NÓS NOS TORNAMOS O QUE QUEREMOS SER, SENDO, A CADA DIA, AQUILO QUE QUEREMOS NOS TORNAR" Richard G. Scott

Observe que esses fatores trabalham independente de outras pessoas. Isso nos ajuda à reagir menos no dia-a-dia, à nos sentirmos menos ameaçados pelo que está a nossa volta pois não estamos tentando ser melhor do que ninguém baseado no paradigma da comparação.

Os princípios são sólidos. Não reagem fora de hora, eles respondem de uma maneira inteligente. Eles não se divorciam de você, Você não pode perdê-los numa aposta. Eles não envelhecem e não te roubam!

______________________________________________________________________

Qual é a sua estratégia e como você sabe que está se mantendo fiel aos seus princípios?

Comentários

  1. A humanidade evolui em função de avanços tecnológicos ou evolui através do aperfeiçoamento do ser humano?
    Eis aí uma pergunta que a RE Filosofando tenta dar um caminho para uma resposta.
    Creio que as duas se complementam, porém sem a evolução do ser humano de nada valeria todo o conhecimento tecnológico.
    As guerras são um exemplo disso.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

14 Delícias da Cozinha Canadense.

The Abundance Factor

Programa de Imigração - Express Entry